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quarta-feira, 10 de janeiro de 2007
quarta-feira, 3 de janeiro de 2007
Música Irlandesa....
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A Música na Alma de um Povo
Por João Maia
A música Irlandesa representa, hoje, um grande fascínio junto do público e é, a par disso, uma das culturas musicais de raiz tradicional mais difundidas pelo mundo fora. Talvez por isso, e porque a tradição é algo que evolui no tempo, optámos por apresentar neste texto uma visão da música Irlandesa tal como ela é nos nossos dias, falando muitas vezes de alguns ícones que são, seguramente, percussores de uma velha e nova tradição musical.
IntroduçãoQuando se fala em música irlandesa, qualquer pessoa que acompanhe minimamente o panorama musical das últimas décadas imediatamente consegue citar nomes como os U2, Cranberries, Sinead O’Connor, Van Morrison, Pogues e, mais recentemente os Corrs. Com efeito, a maior parte das pessoas associa a música irlandesa aos nomes referidos acima e a outros mais comerciais. Porém qualquer dos músicos mencionados tem como referência outro tipo de música irlandesa mais escondido do público em geral: a música tradicional. Aquela que se faz nos pubs, espontaneamente, quando se juntam três ou quatro amigos que tocam instrumentos como o violino, o bodhran (tambor irlandês, pronuncia-se baurón), a flauta, ou a guitarra. E têm razão, esses músicos consagrados, ao irem beber da rica fonte que é a música tradicional uma vez que a Irlanda (a ilha, não o país) é das poucas regiões do mundo que se podem orgulhar de terem uma tradição musical que sirva tão bem de espelho para a cultura dessa própria região. É difícil ouvir uma canção tradicional irlandesa sem se conseguir aprender nada sobre a história e a cultura dessa ilha. Mas o que é no fundo a música tradicional irlandesa?Pode-se começar por dizer o que não é música tradicional irlandesa. Hoje em dia aparecem muitas obras que se intitulam irlandesas ou célticas mas que pouco têm a ver com a tradição. Esqueçam-se as imagens comuns de donzelas a tocar harpa num ambiente medieval, ou sons de flauta acompanhados por sons atmosféricos de sintetizadores. Nada disso é tradição. Aliás, salvo raras excepções, um bom indicador de que se está perante um disco que não é de música tradicional é um título onde surja a palavra ‘Celtic’. Esta palavra tem sido usada em várias compilações para chamar a atenção do público e para vender mais discos, mas estes, na sua maioria, não passam do que se designa por new-age. Isto apesar de alguns músicos irlandeses terem eles próprios passado para um som mais new-age. É o caso dos irmãos Michael O’ Dhomnaill e Triona Ni Dhomnaill, membros daquela que foi uma das bandas mais representativas da musica irlandesa, os Bothy Band, e que agora fazem música new-age com um toque irlandês nos Nightnoise.Relativamente à verdadeira música tradicional irlandesa, a primeira coisa a dizer é que, na sua grande maioria é feita para dançar. Jigs, reels e slip jigs são tipos de música que, pelo seu ritmo se prestam a um pezinho de dança. Existem depois outros tipos como as slow airs e laments que têm um ritmo mais calmo, e as canções (em gaélico ou inglês), que variam em ritmo mas que pretendem quase sempre contar alguma história perdida algures na Irlanda rural.Quanto aos instrumentos utilizados, é comum encontrarmos em sessões nos pubs instrumentos como o violino, flautas, guitarras ou bandolins, bodhrans, e acordeões ou concertinas. Menos comum será talvez a gaita irlandesa (uillean pipe) pelo grau de dificuldade que apresenta na sua execução, e a harpa pela pouca portabilidade. Outro instrumento muito utilizado ultimamente, e que foi importado da tradição grega pelo mestre Donal Lunny (ex-Planxty, ex-Bothy Band), é o bouzouki (instrumento de cordas da família dos bandolins, com um braço mais comprido).Mas embora parte da música tradicional irlandesa já exista há alguns séculos, o fascínio actual pela música irlandesa, em particular pela cantada em gaélico, foi reavivado apenas nos anos 60 quando um compositor-musicólogo de nome Sean O’ Riada começou a revitalizar a tradição. Até então, a música em gaélico havia-se perdido em pequenos enclaves no noroeste da ilha (denominados gaeltachts) habitados por irlandeses cuja primeira língua é o gaélico. O’Riada também salvou a harpa irlandesa do esquecimento, e reintrodoziu o bodhran nos agrupamentos tradicionais. O seu grupo tinha o nome de Ceoltoiri Chualann e dele faziam parte alguns elementos nucleares daquele que hoje é considerado o mais representativo grupo tradicional irlandês: os Chieftains. Quando terminou a sua curta vida, O’Riada tinha conseguido resgatar a alma de um povo e a sua morte foi chorada na ilha inteira.
O Violino (Fiddle)
O violino apareceu na Irlanda durante o século XVI e domina o panorama musical irlandês desde então.
Praticamente todos os condados da ilha afirmam que possuem um estilo próprio de tocar violino e por vezes notam-se misturas de estilos com a vizinha Escócia.
Um dos maiores violinistas irlandeses foi talvez Michael Coleman, nascido no condado de Sligo, no noroeste da ilha, que dominou a cena musical durante os anos 20.
Actualmente os grandes nomes do violino são Sean Keane (dos Chieftains), Kevin Burke (dos Patrick Street, ex-Bothy Band) e Tommy Peoples (ex-Bothy Band). Note-se também que do outro lado do Atlântico, provavelmente provenientes da vaga de emigração irlandesa que os Estados Unidos da América acolheram desde o século passado, começam também a aparecer violinistas de grande qualidade como Eileen Ivers ou Liz Carroll.
Praticamente todos os condados da ilha afirmam que possuem um estilo próprio de tocar violino e por vezes notam-se misturas de estilos com a vizinha Escócia.
Um dos maiores violinistas irlandeses foi talvez Michael Coleman, nascido no condado de Sligo, no noroeste da ilha, que dominou a cena musical durante os anos 20.
Actualmente os grandes nomes do violino são Sean Keane (dos Chieftains), Kevin Burke (dos Patrick Street, ex-Bothy Band) e Tommy Peoples (ex-Bothy Band). Note-se também que do outro lado do Atlântico, provavelmente provenientes da vaga de emigração irlandesa que os Estados Unidos da América acolheram desde o século passado, começam também a aparecer violinistas de grande qualidade como Eileen Ivers ou Liz Carroll.
A Flauta e o Tin Whistle
Muitos associam o som agudo do Tin Whistle às paisagens campestres irlandesas. É dos instrumentos mais simples de aprender a tocar, porém dominá-lo completamente é extremamente difícil.
Mary Bergin é a mais adorada das tocadoras de tin whistle e o seu nível de perfeição técnica é assombroso.
Outro dos grandes tocadores é Paddy Moloney, o grande mentor dos Chieftains que tocou com Sean O’Riada no grupo Ceoltoiri Chualann atrás mencionado.
Quanto à flauta, não se pode deixar de referir o nome de Matt Molloy, que fez parte de grupos lendários como os Planxty e Bothy Band e que actualmente faz parte do núcleo duro dos Chieftains.
Para comprovar o carácter espontâneo dos músicos irlandeses, refira-se que Matt Molly tem um pub em Westport, no condado de Mayo, e é conhecido por se juntar a sessões várias vezes (algumas destas sessões foram editadas pela Real World de Peter Gabriel, num disco chamado “Music at Matt Molloy’s”).
Mary Bergin é a mais adorada das tocadoras de tin whistle e o seu nível de perfeição técnica é assombroso.
Outro dos grandes tocadores é Paddy Moloney, o grande mentor dos Chieftains que tocou com Sean O’Riada no grupo Ceoltoiri Chualann atrás mencionado.
Quanto à flauta, não se pode deixar de referir o nome de Matt Molloy, que fez parte de grupos lendários como os Planxty e Bothy Band e que actualmente faz parte do núcleo duro dos Chieftains.
Para comprovar o carácter espontâneo dos músicos irlandeses, refira-se que Matt Molly tem um pub em Westport, no condado de Mayo, e é conhecido por se juntar a sessões várias vezes (algumas destas sessões foram editadas pela Real World de Peter Gabriel, num disco chamado “Music at Matt Molloy’s”).
A Harpa e o O'Carolin
A música tradicional irlandesa tem as suas raízes nos bardos, músicos itinerantes que tocavam uma harpa denominada clarseach.
Não se pode falar de música tradicional irlandesa sem mencionar o maior de todos os bardos, Turlough O’Carolan. O’Carolan, que era cego, viajava de terra em terra e compunha músicas (denominadas planxties) dedicadas aos seus patronos abastados.
Apenas uma pequena parte dos trabalhos de Turlough foi transposta para pauta e só depois da sua morte e sem quaisquer arranjos, pelo que não se sabe como soava a sua música na altura em que viveu, porém isso não o impede de ser considerado como um dos maiores génios da música irlandesa e um dos maiores símbolos da ilha esmeralda.Actualmente o maior nome da harpa na irlanda é Derek Bell, dos Chieftains, embora também se destaquem Mairead Ni Bhraonain (dos Clannad e irmã da conhecida Enya) e Mairead Ni Chathasaigh.
Não deixa de ser curioso que, invarialvelmente, nos reportórios destes músicos se encontrem muitos temas de Turlough O’Carolan.
Acordeões e Uileann Pipes
Não se pode falar de música tradicional irlandesa sem mencionar o maior de todos os bardos, Turlough O’Carolan. O’Carolan, que era cego, viajava de terra em terra e compunha músicas (denominadas planxties) dedicadas aos seus patronos abastados.
Apenas uma pequena parte dos trabalhos de Turlough foi transposta para pauta e só depois da sua morte e sem quaisquer arranjos, pelo que não se sabe como soava a sua música na altura em que viveu, porém isso não o impede de ser considerado como um dos maiores génios da música irlandesa e um dos maiores símbolos da ilha esmeralda.Actualmente o maior nome da harpa na irlanda é Derek Bell, dos Chieftains, embora também se destaquem Mairead Ni Bhraonain (dos Clannad e irmã da conhecida Enya) e Mairead Ni Chathasaigh.
Não deixa de ser curioso que, invarialvelmente, nos reportórios destes músicos se encontrem muitos temas de Turlough O’Carolan.
Acordeões e Uileann Pipes
O acordeão e os seus parentes de palhetas livres (por exemplo, a concertina) nem sempre foram benvindos nos circlulos tradicionais irlandeses. O facto de serem instrumentos mecânicos, levou a que alguns puristas inicialmente lhe tivessem chamado um instrumento sem alma. Só gradualmente é que, nas últimas décadas, os intrumentos de palhetas livres têm vindo a ganhar um lugar de honra na tradição musical irlandesa.Entre os grandes nomes das palhetas livres encontra-se Joe Cooley, embora actualmente o protagonismo seja dividido entre Martin O’Connor (dos De Dannan) e Sharon Shannon (que fez parte do grupo Waterboys).As uileann pipes descendem de protótipos que datam da Idade Média, embora a primeira apenas tenha aparecido no século passado. São facilmente distinguíveis das restantes gaitas de foles na medida em que o ar é introduzido não por intermédio do sopro do tocador, mas sim de um fole que este acciona com o cotovelo (uileann significa cotovelo em gaélico). Embora as uileann pipes sejam um instrumento muito localizado geograficamente, o seu som melódico atraiu já vários compositores conhecidos, entre os quais James Horner que usa muito este instrumento nas bandas sonoras que compõe (exemplos claros são as peças para os filmes ‘Braveheart’ e ‘Titanic’).Dada a grande difculdade de tocar este instrumento, não há muitos tocadores, porém as referências são Leo Rowsome e Willie Clancy, ambos já falecidos. Dos actuais tocadores destacam-se Paddy Moloney (dos Chieftains), Paddy Keenan (dos lendários Bothy Band) e Liam O’Flynn (aluno de Leo Rowsome e membro dos já extintos Planxty).

A voz e o Sean NosApesar de muita da música tradicional na irlanda ser instrumental, existe também uma grande tradição na música vocal, geralmente em canções que contam episódios do quotidiano rural irlandês ou da história da ilha.
Entre as melhores vozes da Irlanda contam-se nomes como Andy Irvine (ex-Planxty), Paul Brady, Mairead Ni Maonaigh (dos Altan), Triona Ni Dhomnaill (dos Bothy Band), Niamh Parsons e, mais recentemente, a fabulosa Cathy Jordan (dos Dervish).
Entre as melhores vozes da Irlanda contam-se nomes como Andy Irvine (ex-Planxty), Paul Brady, Mairead Ni Maonaigh (dos Altan), Triona Ni Dhomnaill (dos Bothy Band), Niamh Parsons e, mais recentemente, a fabulosa Cathy Jordan (dos Dervish).

Entre a tradição vocal na Irlanda distingue-se um tipo muito particular de canção, o Sean Nos (que signidica ‘estilo antigo’). Este tipo de canção é praticado tanto por homens como mulheres e consiste em cantar sem qualquer acompanhamento musical, em gaélico.
Joe Heaney é o maior nome deste tipo de música, porém actualmente dois dos nomes mais conhecidos são Liam O’ Maonlai e Iarla O’Lionaird.
VIDEOS CELTAS IRLANDESES....

O templo de Dannu será um grande referencial e elo entre o passado e o presente dos povos da Irlanda,Ilhas de man,e Inglaterra,vamos trazer um pouco dessa cultura sagrada,através de imagens,e demais meios de divulgação,além de falar de forma séria sobre paganismo em geral mas principalmente sobre a filosofia do Druidismo Verde Irlandês, ligada fortemente aos Tuatha Danna,ou Povo de Danna,ou Dannu para muitos, paganismo levado a sério,basta de mitos falsos ;vamos sim falar de mitos vivos na descendência que se perpetua acima do tempo e das ilusórias brumas que se formaram nos dias atuais,vamos sim resgatar as brumas que realmente protegem aos filhos da graça,e Dannu é a grande Mãe a nos orientar....
Aqui uma dica boa videos com música e temática celta ,com aquela pitada de ritmo Irlandês
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